´´ Escolho os amigos pela beleza, os conhecidos pelo carácter, e os inimigos pela inteligência. Todo o  cuidado é pouco na escolha dos inimigos. Não tenho um único  que seja estúpido. São todos homens de capacidade intelectual  e, por conseguinte, todos me apreciam. Será isto vaidade? ´´

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Loucura mortifera

Eu estava perdido e nem sei bem porque, porém perdi-me por ai, entre copos e corpos, e quando percebi já não me reconhecia, tinha uma outra cara, um outro sentido na vida. Estava despropositado a fazer tudo, sei que a minha face era parecida com a primeira, quem sabe até igual, porém eu não lembro da terceira.... Ao cair não senti sangue, nem sabor de vermelho esquisito, sabia a sal, saliva. Algo transparente sem cor, do tipo que não se vê, e muito menos percebi o que era, mas eu estava diferente era outro de certo. A morena com elevações na cabeça, como o que alguns animais carregam, levou me a passear em um oceano de uma cor que lembra o interior humano apaixonado, mas não em lágrimas amarelas, em outra cor, não a nostalgia é que é amarela como um filme antigo, algo velho, desbotado, passado... eu lembro que ela era bonita, alta, esbelta, tinha algo de atroz, feição de mulher feroz. O uísque era o que havia de melhor, ela disse que foi o chefe que lhe entregou para servir-me, eu bebi todo de uma vez só, e decobri que o álcool era meu amigo, ele não fazia-me mal , ao contrário das flores que jogaram por cima da minha casa, se é que pode se chamar de casa. Os seios dela cobriram a minha face, eu fiquei durante três minutos ali e nada me aconteceu além da erecção, eu a agarrei com toda a força, e fiz dela minha escrava sexualmente em termos... ela gostou , até lhe bati, e quando o grito do chefe tomou conta da sala ele olhou-me com simpatia e sorriu, eu estava ali desprevenido, nu, com uma gaja a olhar-me de baixo, ele parecia um animal , só que tinha uma cara avermelhada, com uma barba de mexicano, porém tinha um olhar de chinês, quando ele puxou-me pelo pescoço o chão abriu-se e eu via dali surgir mãos e mãos, pessoas que gritavam desesperadas, e eu vi naquele mar vermelho a minha própria face, aquela que eu havia esquecido, e que agora gritava para mim gritava em meu nome a dizer, « Era apenas uma brincadeira», o senhor de chifres sorriu para mim e disse, « Bem vindo ao lar!»
Eu acordei pela manhã com uma enorme dor de cabeça, e só lembrava o quanto sentir-se morto sem morrer é estranho...

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